top of page

A Educação Infantil ao longo da história

  • Foto do escritor: Camilla Fiorito
    Camilla Fiorito
  • 25 de ago. de 2021
  • 3 min de leitura

Atualizado: 26 de jun. de 2023


 

A educação infantil preocupa-se com o desenvolvimento global da criança, mas ao longo dos anos, a criança foi percebida de maneira diversificada pela sociedade.


Na Europa, por volta do século V, o crescimento da criança se dava em casa, entre a família e os brinquedos. Não existia um sentimento de infância e a criança era considerada um adulto em miniatura. Por volta dos 7 anos, parava de brincar para aprender sobre as tradições e estrutura feudal.


Foi no início do século XVII que surgiram as primeiras preocupações com a educação das crianças pequenas. Importantes mudanças ocorreram nas atitudes familiares em relação à criança, apesar de uma grande parcela da população infantil continuar sendo educada segundo os antigos costumes.


João Amós Comênio (1592-1657) foi um grande educador do século XVII e um dos maiores da história. Ele organizou a sua didática em quatro períodos considerando os anos de desenvolvimento: a infância, a puerícia, a adolescência e a juventude, sendo que cada período durava seis anos. Ao atribuir aos pais a tarefa de educar a criança pequena, Comênio chamou a atenção para a importância desse período e suas repercussões na vida do ser humano.


No século XVIII, a Revolução Burguesa iniciou a necessidade de organizar novos métodos educacionais. Neste contexto, destacam-se as contribuições de Jean Jacques Rousseau (1712-1772). Foi ele que centralizou a questão da infância na educação, manifestando a necessidades de não mais perceber a criança como um adulto em miniatura. Rosseau demonstrou preocupação com a infância e a considerava marcada pela vulnerabilidade, pois, nesta época, as crianças apresentavam grandes riscos à sobrevivência.


No auge da Revolução Francesa, destaca-se Johann Heinrich Pestalozzi (1746-1827). Tinha como pressuposto propiciar à infância a aquisição dos primeiros elementos do saber. Foi um dos precursores da educação nova que destacou a importância da psicologia na educação.


No século XIX, Friedrich Fröebel (1782-1852), foi reconhecido pela criação dos “Kindergartens” (jardins de infância). É um teórico com importância no jogo e um grande realizador prático. Compreendeu o aspecto educativo das atividades lúdicas enfatizando o seu papel ativo no processo do desenvolvimento infantil.


No final do século XIX e durante o século XX, as escolas laicas marcaram a ruptura do domínio da Igreja sobre a Educação. Por sua vez, exigiam a criação de um novo sistema educativo. Destaca-se, então, Ovide Declory (1871-1932), desenvolvendo uma proposta sustentada em princípios da psicologia. Fundou a escola para vida e pela vida. Acreditava que a motivação para o desenvolvimento infantil deveria ser fruto da necessidade de sua natureza e fonte de alegria.


Contemplado como um dos mais importantes teóricos da educação contemporânea, John Dewey (1859-1952), partia do princípio de que o caminho mais viável para aprender é o fazer, ou seja, dominar aquela visão de que cabia ao professor a responsabilidade integral pelo conhecimento a ser adquirido pelo educando. Considerava que o método científico deveria subsidiar o trabalho em sala de aula. Um dos pontos altos da contribuição de Dewey pode ser encontrado até hoje em um grande número de escolas infantis.


Maria Montessori (1870-1952), defendia o estímulo para promover a autoeducação. Formada em medicina, aprofundou seus estudos em filosofia e psicologia. Criou mobiliário infantil e materiais pedagógicos que são usados até hoje na educação.


Não me cabe aqui citar todos os grandes teóricos que foram importantes para a educação infantil, mas vale ressaltar a importância de alguns ao longo da história, onde cada um teve uma função básica para o desenvolvimento da infância.



bottom of page